Alguma coisa espera o silencio é o lençol
A tristeza a cama
A dor nunca espera
Corpos mortos nas sepulturas
Sonhos mortos nos caixões
Alguma coisa espera
Esperanças calhadas
Vermes famintos
Devoram os ossos
Há mortos
Alguma coisa espera
Sem mortos não há
Ressurreição
E a vida abre os caixões
Extremina os vermes
E provoca sem pedidos
Sem avisos
Sem autorizações
Provoca ressurreições
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