Deixar de viver é mais que a morte
Nós não somos iguais aos outros
Morremos em momentos
Vivemos em outros.
Para deixar de sonhar e amar
É preciso muito mais que morrer
Esta além da morte e da vida.
Como não sonhar se a poesia
É parte viva de nossa alma
É um orgão do nosso corpo.
Poetizar é viver sem querer
Quando a tristeza se torna
A razão da nossa alegria.
Só nós criamos a nossa felicidade
Criamos a nossa ínfima paz
Criamos a nossa alegria
E por criarmos tanto
Criamos também nosso desejo
De morte.
Desejar morrer é divino
Transformar em fato
É maligno
Não faz parte de nossa
Alma de poeta.
Nós sabemos querer morrer
Sem morrer
E sabemos querer viver sem viver
Quando a morte se faz presente
Nós a beijamos e a mandamos embora
Só os poetas sabem beijar
A morte.
Adoramos a vida
Só sonha quem vive
E viver é sentir dor angústia
E sentimentos afins.
A nossa alma não esta vestida
Todos os poetas tem almas nuas
Leves que saem de quando em vez.
É preciso aprender a desaprender
Tudo o que nos ensinaram
E quando o poeta se deixar
Ser eternizado
Viverá o pedaço de sonho
Que lhe cabe.
Ser poeta não é escrever
É um estado de espírito
Somente nós choramos lendo poesia
Somente nós choramos vendo pintura
Ouvindo música
Olhando uma fotografia
Olhando a nossa alma.
A alma?
A alma vai bem, obrigado!
Não queremos ser diferentes
Não queremos ser iguais
Só temos a absoluta convicção
Que a vida ,verdaderamente vale a pena.
Um comentário:
bom ver ler voce e tua poesia,Marcio.
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