sexta-feira, 29 de novembro de 2013

cabeça sem pelo.



nada é mais nua 
que minha cabeça
nada é mais cheia 
que minha cabeça nua.

nada é mais vazia 
que minha cabeça cheia
nada é tão minha
que minha cabeça vazia.

nada é mais santa
que minha cabeça sem pelo
nada é mais meu
que meu pesadelo.

nada é mais sua
 que minha cabeça nua.

a lagrima

a lagrima sempre vem rolar
na face
como se fosse um passeio diário
um passeio na orla do rosto
encharcando os olhos
quase matando a menina afogada.

e por fim como sempre faz
vem acariciando ate o queixo
sua trajetória infinita
rasga com dor o rosto
de repente salta para o chão
sumindo no solo seco
a um corpo do coração.

A lágrima sempre volta
todo hora, todo dia , tudo mês
a miserável sempre volta
e faz tudo outra vez.

SE...

Se todo dia em que chorei
O mar perdesse uma gota
talvez estivesse quase vazio.

Se toda agonia que senti
apagasse uma luz no mundo
talvez não houvesse mais luz no universo.

Se toda tristeza que senti tivesse
perfume
talvez o mundo inteiro
sentiria meu cheiro. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O frio.


O frio aconchega a flor
pela manhã
une os casais
a tarde
esquenta a burguesia
a noite
e mata o indigente
na madrugada.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ebolições poéticas.(o delírio)




Deixar de viver é mais que a morte,
nós não somos iguais
morremos em momentos
vivemos em outros.

para deixar de sonhar e amar
é preciso muito mais que morrer
esta além da morte e da vida.

como não sonhar se a poesia
é parte viva da nossa alma
é um órgão do nosso corpo.

poetizar é viver sem querer
quando a tristeza se torna
a razão da nossa alegria.

só nós criamos a nossa felicidade
criamos nossa ínfima paz
criamos a nossa alegria
e por criamos tanto
criamos também nosso desejo de morte.
desejar morrer é divino
transformar em fato é maligno.
não faz parte de nossa alma de poeta.

nós sabemos querer morrer
sem morrer
e sabemos querer  viver sem viver.
quando a morte se faz presente,
nós a beijamos e a mandamos embora
só os poetas sabem beijar a morte.

adoramos a vida
só sonha quem vive
e viver é sentir dor
angustias e sentimentos afins.

A nossa alma não esta vestida
todos os poetas tem almas nuas,
leves que saem de quando em vez.

e quando o poeta se deixar ser eternizado
viverá o pedaço de sonho que lhe cabe.
 somente nós choramos lendo poesia
somente nós choramos vendo uma pintura
ouvindo uma musica
olhando uma fotografia...
olhando nossa alma.

a alma?
a alma vai bem obrigado!
não queremos ser diferente
não queremos ser iguais
só temos a absoluta convicção,
que a vida realmente vale a pena!!

Luzia

Luzia

fazia

poesia

de dia

e de noite...

Luzia!!!

Bebendo vento

Olha
cuidado onde pisa
comendo luz
bebendo vento
arrotando brisa.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PAZ !


Dai-me paz!
Esta guerra travada no campo de batalha de minha alma só destrói.
Trincheiras foram erguidas em torno do coração.
Barricadas foram feitas em todo perímetro do corpo só.

Quem, colocou esta guerra aqui!?

Dai-me paz !
Quem instalou o caos que toca na sinfonia dos distúrbios, na praça publica da razão.
Sou o instrumentista, o maestro, a platéia que aplaude o fim do hino.
Toco na catedral ,o sino.

Quem, colocou esta guerra aqui?!

Dai-me a paz
Não aquela paz imaginária da poesia do rapaz de Liverpool.
Nem a cápsula  feita num laboratório da medley.
Não quero a paz comprada numa loja de grife
E nem a paz passageira de uma bela canção.

Quem, colocou esta guerra aqui?!

Dai-me paz!
Que a palavra traz
Para que a sinfonia toque canções de vida veraz
E a praça com as folhas jogadas no chão,
Ouçam a canção dizer “a guerra acabou”

Pois o príncipe da paz voltou.

domingo, 3 de novembro de 2013

SALVE A POESIA ! A POESIA SALVA.

A poesia nasceu numa estante ,no meio de livros que falavam de animais ,nasceu linda como toda criança feia, nasceu aos cânticos  de sabiás, ela brincava e se divertia mas o que ela não sabia é que  a tesoura queria corta-la.
A poesia era sabia, sabia encantar tinha um conhecimento divino era um ser verdadeiramente divinal.
A tesoura tinha medo de perder seu império onde comandava com mão de ferro.
O primeiro ministro da tesoura era o Estilete sempre pronto a cortar sonhos e o que mais representa-se perigo para a tesoura..
A poesia falava versos, Sonetos, e prosas, declamava para todos ouvirem que havia esperança e a esperança estava nela na poesia.e a esperança era ela.
A poesia continuava cantando nos ouvidos de quem quisesse ouvir, ela curava, libertava as pessoas dos espíritos de opressão trazia à liberdade queles que viviam carrancudas, tristes, sem esperanças
Os chatoulos viviam na espreita querendo questionar a poesia em tudo que ela fazia.Os Chatoulos eram um grupo que descendiam dos Bobonitas e não tinham mais esperança em nada ,não acreditavam no amor,eram pessoas alienadas. Os Bobonitas gostavam de beber e comer gostavam de pão e circo
Enquanto isso a poesia fazia a sua missão que era falar e levar a mensagem de paz e  esperança e alegria para que todos pudessem alcançar, todos os  crerem no grande eu sou.
O grande eu sou foi o criador da inspiração foi ele que criou a própria poesia .
Era um dia tranqüilo como uma brisa soprando nos 4 cantos e a poesia estava calma num grande jardim de livros e flores. Paginas se mechiam com o dedo leve dos ventos ,havia um cheiro de folhas não lidas.O barulho de paginas quebrando o silencio tumular instalado ali. .
A poesia brilhava ao pensar no grande eu sou, foi quando subitamente chegou o estilete, ele chegou com seus soldados segurando dedal e agulhas afiadas e fatais, alem desses havia facas e facões.a poesia foi presa, tendo por acusação tumultuar a ordem publica ,recitar versos na praça e tramar contra o império.finalmente a tesoura teria o que sempre desejou as letras da poesia em suas mão e de ferro.
tesoura queria que a posia fosse um exemplo para que ninguém mais falasse sobre paz  a esperança e a alegria  em seu reino, destruir todas as  letras, todos os versos, todas as palavras.e matando a poesia em praça publica publica, acabaria com os sonhos da poesia e com os seguidores do grande eu sou.
Para torturar a poesia  foi chamado os maiores torturadores do reino, Senhor Esquadro , e o Senhor Borracha. Após apanhar em praça publica , a maior maldade ainda estava por vir, a terrível tesoura pediu para amarasse a poesia. Quando estava presa e imóvel  o estilete cortou a poesia e ela sangrou mas seu sangue tinha um brilho de estrela e sons de passarinhada e seu cheiro era de flores de jardim sua cor era vermelho celeste  e azul carmesim e quando seu sangue encostava no chão os grãos de areias viravam letras e essas letras formavam poesias sobre o amor quanto mais o estilete cortava mais sangue enxaguavam a terra e mais letra se formavam e mais versos se pautavam e mais palavras vivas se formavam. Todos que estavam perto enchiam as mãos com as areias  e saiam levando para casa as boas novas. E liam e se encantavam com o que liam ,palavra por palavras.A tesoura resolveu colocar a poesia numa cruz para que todos vissem a sua morte, e assim foi feito, mas o sangue que da poesia jorrava ninguém conseguia estancar.
 A poesia se eternizou naquela cruz e suas palavras duram até os dias de hoje.