segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ali eu canto.




Canto com o corpo e a alma
até o fim eu canto
onde não há som e o sol nunca aparece
ali eu canto
onde a escuridão é sólida
e seu cheiro é forte.


Canto com alegria,
como se nascesse
o Jeff a July ou o Jonny
canto como se chegasse
no céu de manhã cedo.

Canto com dor
como se fosse um escravo
sem liberdade procurando
no canto
a chave que abre o cadeado
de ferro das correntes sangrentas.

Canto com  amor.
amor que brota  da alma
e para no peito

Canto como se beijasse minha amada
forte decidido e absoluto
canto com tudo que me domina
com os sete buracos da minha cabeça
com a força da pele negra
que entra em ebulição
com a agonia de minh'alma
que se transforma em canção.

assim eu canto!

Nenhum comentário: